Afastadas do Centro, as vilas açorianas capricham quando o assunto é boa mesa e bucolismo na Ilha da Magia. O povoado de Santo Antônio de Lisboa tem como atrativo os muitos restaurantes que servem frutos do mar fresquíssimos trazidos pelos pescadores da vila, adeptos da pesca artesanal. E ainda tem a arquitetura, as cores, as ruas arborizadas e as lojas de artesanatos típicos em renda e cestaria. Já em Ribeirão da Ilha, a culinária à base de ostras, as casinhas típicas dos Açores e as cerâmicas garantem o charme.
Batizada de "Suíça Brasileira", a cidade faz jus ao glamouroso título quando chega o inverno no Hemisfério Sul. A 1.700 metros de altitude, emoldurada pelas montanhas da Serra da Mantiqueira e pelos bosques coloridos com o amarelo dos plátanos, Campos do Jordão capricha na arquitetura típica europeia e na gastronomia, que combina sabores e receitas do Velho Mundo. Boa parte do charme fica concentrado no bairro de Vila Capivari, onde estão restaurantes, cafés, lojinhas e bares. Para vencer o frio, dá-lhe fondue, lareira, chocolate quente...
A apenas 30 km de Blumenau fica a cidade "mais alemã do Brasil". O título não foi conferido por acaso: nas ruas, lojas e bares, o idioma enrolado é ouvido com muita frequência! Outra característica que remete ao Velho Mundo é a arquitetura, formada por construções no estilo enxaimel. Boa parte se concentra no bairro Testo Alto, reunindo casinhas fofas que abrigam ateliês e deliciosas confeitarias. Hobbies e hábitos também foram preservados como os clubes de caça e de tiro e as refeições à base de chucrute e marreco recheado. E dá-lhe cucas para arrematar!
Tamancos artesanais de madeira, tulipas, moinhos com telhados vermelhos e bicicletas são as marcas registradas da cidadezinha colonizada pelos holandeses. E assim como a Holanda, Holambra é famosa pelas flores: a região garante cerca de 40% da produção do nosso país. Para apresentar as novidades que surgem a cada estação, a cidade sedia a concorrida Exploflora, no mês de setembro. Além de apreciar as flores, é possível degustar doces e pratos típicos e assistir a shows de dança folclórica com bailarinos de tamancos de madeira! Não deixe de visitar as fazendas de cultivo de tulipas, rosas e crisântemos.
No cenário da pequena vila estão a Casa do Papai Noel, as fábricas de chocolate e muitas araucárias. Assim é Penedo - carinhosamente chamada de "Pequena Finlândia"-, aos pés da Serra da Mantiqueira, entre o Rio e São Paulo. Colonizada pelos finlandeses na década de 20, a região mantém os costumes dos fundadores com direito à gastronomia típica (que aqui ganhou a companhia das trutas), construções em madeira e bailes à moda da Finlândia, que colocam todo mundo para dançar!
Faz tempo que os primeiros imigrantes italianos chegaram a Bento Gonçalves. E a cada ano que passa, as raízes ficam mais profundas através da arquitetura, da mesa e dos bons vinhos. Por aqui, conhecer as vinícolas do Vale dos Vinhedos é programa obrigatório, começando pelos parreirais e terminando nas degustações. No cenário, estradinhas emolduradas por colinas e uvas. Não deixe de fazer o Caminho de Pedra, uma vila salpicada de construções em madeira e pedra que abrigam casas de massas, de teares e de erva-mate. Aproveite para saborear os queijos e os salames, capiche?
Maior reduto da comunidade nipônica fora do Japão, o bairro da Liberdade reúne história, arquitetura, gastronomia e boas compras. Nos fins de semana, uma tradicional feirinha agita a Praça da Liberdade. A praça, aliás, é cenário de festas como o Tanabata Matsuri (Festa das Estrelas, com direito a pedidos em papeis coloridos pendurados em bambus, em julho). Continuação natural da praça, a Rua Galvão Bueno descortina o cartão-postal do bairro: o portal vermelho Toori, com luminárias no mais perfeito estilo oriental. Por toda a alameda há mercadinhos com comidas, frutas exóticas e bebidas tradicionais, além de lojinhas de presentes. Não deixe de visitar o Museu da Imigração Japonesa.
Um delicioso pedaço da Ucrânia está bem representado na cidadezinha, tomada por descendentes de colonizadores. Por aqui, as tradições estão preservadas na culinária e nos costumes - o idioma ainda é utilizado nas missas na bela igreja São Josafat, em estilo bizantino. Nas mesas, predominam o khrin (conserva de raiz-forte e beterraba), os pierogis (pastéis recheados com batata e nata) e a famosa borcht (sopa de beterraba). As influências são observadas ainda no artesanato: os souvenires típicos são as pêssankas, os encantadores ovos naturais pintados à mão.
Um pedacinho da Áustria também tem seu espaço na serra catarinense. Por aqui, as construções típicas da região do Tirol ganham a companhia dos tradicionais entalhes em madeira e da farta culinária regada a goulash (músculo com molho pardo e páprica) e knödel (bolinho de pão com carne de porco defumada). Pelas ruas, casinhas em estilo alpino, jardins bem cuidados e até a presença da tília, uma árvore típica do Hemisfério Norte.
Inglaterra - Paranapiacaba (SP)
A vila surgiu por conta da construção da primeira ferrovia de São Paulo, em 1865. E ainda hoje chama a atenção por conta dos trilhos: um passeio de trem parte da capital (Estação da Luz) rumo ao distrito. Dos vagões, vê-se apontar a cidadezinha tipicamente inglesa - o povoado surgiu para abrigar os operários da companhia britânica SP Railway, que capricharam na arquitetura, nas construções em madeira e até mesmo na réplica de um "Big Ben", instalado na estação. Para completar o cenário, a região, que fica na Serra do Mar, é tomada constantemente por uma neblina, tal qual a capital Londres!