Escondida no meio do caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, Cunha costuma passar despercebida por turistas menos atentos. Pouca gente sabe que a pequenina cidade tem atrações para casais, famílias e aventureiros. Na paisagem estão parques, rios, cachoeiras e trilhas históricas emolduradas pela mata Atlântica, além de ateliês, boa comida, campos de lavanda, pousadinhas aconchegantes para os namorados e hotéis-fazenda para quem está com os filhos a tiracolo.
Trilha do Ouro e Estrada Real são repletas de quedas d'água e mirantes com vista para o mar
Duas reservas protegem a natureza caprichosa que emoldura a região - o Parque Estadual da Serra do Mar e o Parque Nacional da Serra da Bocaina, ambos com trilhas variadas e muitas quedas d'água. Também faz parte do cenário a pedra da Macela, pico mais alto de Cunha, com 1.850 metros de altitude.
Para os adeptos do trekking, as caminhadas costumam ter um charme a mais caso as opções sejam as históricas Trilha do Ouro e Estrada Real. Ambas foram abertas no século 18 e são apinhadas de cachoeiras e vista para o mar.
Além do contato com a natureza, Cunha oferece ainda um belíssimo artesanato produzido nos vários ateliês de cerâmica espalhados pela cidade. Alguns utilizam a técnica oriental dos fornos noborigama, que criam efeitos coloridos e manchados nas peças e que não são controladas pelos artesãos, tornando o resultado uma incógnita até mesmo para os artistas. A surpresa virou uma das atrações de Cunha: nas datas marcadas pelos ateliês para abrirem seus fornos, o movimento de turistas é intenso.
E por falar em movimento, em abril a cidade realiza a Festa do Pinhão, com diversos restaurantes servindo delícias à base da semente. Já em julho, o Festival de Inverno reúne atrações culturais e, claro, gastronômicas - entre elas, cafés coloniais e menus especiais. E em agosto, o Festival do Cordeiro atrai os fã da suculenta carne, servida em forma de carré, paleta, pernil, picanha...