Segunda vez em Noronha, um paraíso dentro do Brasil, ao contrário da primeira vez, fomos levados a tão esperada pousada, Morada do Sol, uma recepção inesquecível, fomos recebidos por uma menina que mal nos falou boa tarde, estava com cara de Dor de Barriga, acho que não sabe o que um sorriso significa, nos colocou em um quarto minusculo com um pequeno agravante, o chuveiro não pingava, jorrava água, pensei que havia uma queda dágua dentro do banheiro, gentilmente pedi a ela que desse um jeito no problema, pois não adiantava fechar o registro , já havia tentado e nada e que ter aquela pingação na cabeça seria um problema de madrugada, não iriamos conseguir dormir, ela sem hesitar nos disse, não há nada que eu possa fazer hoje e que teriamos que esperar até o dia seguinte, ai eu disse, sem chances, por favor dê um jeito e ela disse, se não estão satisfeitos vocês podem mudar de pousada , um serviço ao cliente e tanto, super bem preparada para atender o público, uma simpatia quase amor.
Depois de eu insistir ela pegou o telefone e ligou para a dona da pousada que acabou vindo a ser a mãe dela e então nos disse que iria nos colocar em outro quarto, que ainda teria que ser arrumado e por ela e isso deixou ela ainda mais brava, um quarto bem mais amplo onde ao menos o chuveiro não pingava, mas em contra partida, o vaso do banheiro parecia uma gangorra, se vacilasse, o mesmo poderia cair, os azulejos do box alem de quebrados, extremamente encardidos e a ducha higiênica também quebrada, respiramos fundo e aceitamos ficar por lá mesmo para não consumir ainda mais tempo e gerar ainda mais estrese, pois estávamos lá para desfrutar das belezas da ilha. Saímos para passear e quando voltamos o quarto estava pronto. Na manhã seguinte fomos acordados cedo para o café da manhã com a bateção de louças, talheres e afins, mas tudo bem, não precisávamos de despertador.
Viemos aprender que teriamos que ser os primeiros á mesa, pois os alimentos não eram repostos, pois a menina servia o café da manhã e desaparecia, estávamos em dois casais e logo após chegaram mais dois que tiveram que se contentar com restos, sem falar no estado de conservação das cadeiras, que dava nojo de sentar, todas imundas e rasgadas, acho que era para combinar com a piscina que estava mais para uma fossa séptica do que para uma piscina. Para fechar com chave de ouro recebi um sermão recheado de ignorâncias da dona da pousada, Dona Rosa, outra simpatia de ser, só conhecendo para ver, pois ela me viu tirando umas fotos da Pocilga e ficou indignada por eu estar registrando momentos tão preciosos num lugar ainda mais precioso. Fica aqui minha dica, não passem nem na frente, Claudio Brentari, São Paulo.
