Bastante frequentada pelos empresários do ramo de
agronegócios, Cuiabá oferece boa infraestrutura de serviços e de hospedagens. Quem sai ganhando são os turistas, que fazem da capital mato-grossense a porta de entrada para as principais atrações do estado - as cachoeiras e as grutas da
Chapada dos Guimarães estão a cerca de 70 km; enquanto a exuberância do
Pantanal fica a pouco mais de 100 quilômetros. E ainda tem os rios cristalinos do distrito de
Bom Jardim, em
Nobres, a 150 km; e as aventuras nas cachoeiras e corredeiras de
Jaciara, a 140 km.
Casa do Artesão reúne trabalhos típicos produzidos em todo o estado
Independente do motivo da viagem, é obrigatório conhecer alguns bons restaurantes da cidade. Entre eles, o Mahalo, sofisticado em todos os estilos - do ambiente ao cardápio contemporâneo, que mescla ingredientes regionais com receitas francesas.
Mas uma vez no Mato Grosso, é obrigatório saborear as delícias e os peixes típicos da região e do Pantanal. Na peixaria Lélis, o carro-chefe é o rodízio de peixes, que traz pintado (à milanesa e grelhado), costela da pacu frita (conhecida como ventrecha), piraputanga e matrinxã, além de mojica de pintado (um ensopado à base de mandioca) e muitos outros peixes e receitas. Os acompanhamentos não poderiam ser mais perfeitos: pirão, farofa de banana da terra, saladas e caldos.
Encerre os trabalhos degustando o furundu, um docinho tradicional de Cuiabá feito com mamão verde ralado (ou com o pau do mamoeiro) e melado de cana.
No distrito da Passagem da Conceição, uma comunidade ribeirinha na vizinha Várzea Grande (cerca de 10 km de Cuiabá), o restaurante Porto da Conceição traz ainda pacu assado e recheado com farofa de banana da terra e couve e arroz Maria Isabel, incrementado com carne de sol. Para completar, fica na beira do rio e em meio de uma pequena vila histórica com direito a igrejinha e casario colorido.
Para fazer a digestão, siga para a Casa do Artesão, um casarão de 1910 dividido em salas para a venda de artesanato de todo o estado. Em cada ambiente, uma temática - de cerâmica a licores caseiros, passando por tecelagem, artefatos indígenas e doces. Ou para o Museu do Morro da Caixa´d´Água Velha, que funciona dentro das galerias subterrâneas que serviam de reservatório para o primeiro sistema de abastecimento de água da cidade (século 19). Um pequeno acervo de objetos conta a história do lugar enquanto painéis exibem fotos antigas da capital.
Para apreciar a arquitetura, siga o Centro Histórico, com casario colonial, ou para as igrejas. A de Nossa Senhora do Bom Despacho fica no alto de uma colina e tem estilo neogótico que imita a Catedral de Notre-Dame, de Paris. Anexo ao prédio fica o Museu de Arte Sacra, com peças dos séculos 17 e 18. Já a Catedral Bom Jesus de Cuiabá tem linhas retas e torres que ostentam imensos relógios. No quesito parques, destaque para o Mãe Bonifácia, o maior parque urbano da capital, com 90% da área ocupada por mata nativa, além de pistas para caminhada, área infantil, aparelhos de ginástica e trilhas.
Vale ressaltar que Cuiabá tem um dos climas mais quentes do país, com média anual de 26 graus. De agosto a outubro, os termômetros chegam fácil aos 40 graus. Não deixe de trazer roupas leves e, no caso de esticar a viagem até o Pantanal, é recomendável tomar vacina contra a febre amarela dez dias antes do embarque.
Atenção: o fuso horário do Mato Grosso tem uma hora a menos em relação a Brasília.