Quando chega o inverno, a pequena São Joaquim ganha as manchetes dos jornais de todo o país. A 1.353 metros de altitude, registra temperaturas que chegam a dez graus negativos - junto com frio, costuma vir a neve e, junto com os flocos branquinhos, os turistas.
Em junho e julho, as ruas da cidade de 20 mil habitantes ficam congestionadas, lotando a modesta rede hoteleira. Para enfrentar o frio, dá-lhe luvas e cachecóis; bate papo em volta da lareira ou do fogão a lenha; e visitas aos lagos e cachoeiras da região, que chegam a congelar.
Festa Nacional da Maçã tem tortas, licores, geléias e compotas, tudo feito com a fruta
Taças de vinho também são bem-vindas, ainda mais se forem da vinícola local, a Villa Francioni. Considerada uma das mais bonitas do país, a fábrica oferece visita guiada, com duração de uma hora e meia. Durante o passeio, são explicadas as etapas de produção do vinho e há degustação das bebidas produzidos no próprio local.
Para aquecer a criançada, a dica é seguir para o Snow Valley, ou Vale da Neve, um parque com 2,5 quilômetros de trilhas leves em meio à mata, que passam por enormes xaxins e levam a cascatas. O espaço conta ainda com circuito de arvorismo, pêndulo, muro de escalada e tirolesa.
Belas paisagens podem ser observadas também na Serra do Rio do Rastro. Seguindo para Bom Jesus da Serra, são 15 quilômetros de viagem pelas curvas sinuosas da SC-438. A estrada é repleta de mirantes onde dá para estacionar com segurança. Se o tempo estiver aberto, não deixe de contemplar a vista do ponto mais alto, a 1.460 m de altitude.
Graças ao clima, São Joaquim também é conhecida como a produtora da melhor maçã do Brasil. É só sair do centro para ver as grandes plantações do tipo fuji e gala, que dominam o cenário. O ano todo barraquinhas nas ruas vendem as frutas, enormes e docinhas. Em abril, época da colheita, a cidade realiza sua maior festa. São dez dias com direito a shows e venda de delícias à base de maçã, como strudel, tortas, bolos, compotas, licores, geléias, chás e bombons.