Rio Grande

Porque Ir

A cidade mais antiga do Rio Grande do Sul abriga a maior praia do mundo em extensão - a do Cassino, com 212 quilômetros de areia branca e fina, águas geladas e boas ondas. E é para lá que os moradores das cidades, estados e países vizinhos seguem no verão. Com tanto espaço, é possível até andar de carro à beira mar!

No Museu Oceanográfico, fachada exibe esqueleto de baleia-azul de 25 metros de comprimento

O movimento se concentra no meio da praia, próximo à estátua de Yemanjá, onde estão os bares e os restaurantes. Chamam a atenção os Molhes da Barra, dois muros de pedra que avançam mar adentro. O molhe oeste, com três quilômetros e meio, é percorrido pelos vagonetes a vela - rústicas plataformas de madeira que deslizam sobre trilhos empurradas pela força dos ventos. Os vagonetes vão até a ponta do molhe, onde há um antigo farol. Já o molhe leste, habitado por leões-marinhos, é acessível em passeios de barco.

Os barcos levam ainda à cidade de São José do Norte, na margem oposta da laguna dos Patos, onde é possível desembarcar e conhecer o centrinho histórico. Outro roteiro segue para a ilha dos Marinheiros, abrigo de dunas, lagoas e trilhas e endereço de descendentes de portugueses que fabricam jeropiga, uma espécie de vinho adocicado. O tour faz ainda uma parada no Ecomuseu da Ilha da Pólvora.

Em terra firme, visite o Museu Oceanográfico. As atrações começam ainda do lado de fora, onde está um esqueleto de uma baleia-azul de 25 metros de comprimento. Dentro do espaço, painéis explicam a formação da Terra, a composição dos oceanos, mares e lagos e as características dos principais ecossistemas. A exposição de animais inclui esqueletos de boto, baleias-jubarte e orca, golfinho-listrado e toninha. Já no aquário há lambaris, bagres, papa-terras e anfíbios, como a salamandra. Na parte de trás do museu, tanques reúnem um leão-marinho e alguns pinguins.

Anexo, funciona o Museu Antártico, que reproduz as primeiras instalações da estação Comandante Ferraz, montada no continente gelado. E ainda tem mais: no Porto Velho, um dos cinco armazéns abriga o Museu Náutico, com acervo formado por pequenas embarcações, equipamentos de navegação, pesca e sinalização náutica, além de maquetes. Nos anos ímpares parte da estrutura do porto é utilizada para a realização da Festa do Mar, maior evento da cidade.

Inclua no roteiro uma visita à Catedral de São Pedro, concluída em 1755. Os maiores tesouros estão na capela anexa, a de São Francisco de Assis, onde funciona o museu de Arte Sacra. A exposição reúne roupas de padres, coroas, cálices, ostensórios e outras peças dos séculos 18 e 19. A capelinha foi construída por negros e escravos, que não podiam frequentar a igreja.

Para quem está de carro, a dica é percorrer os 15 quilômetros da BR-471 que atravessam a Estação Ecológica do Taim. A área de banhado abriga uma enorme variedade de espécies - mais de 200 - da fauna e da flora típicas. Entre elas, cisnes-de-pescoço-preto, jacarés-de-papo-amarelo, capivaras, preás, gambás, lagartos e peixes. No entorno da estação há quatro trilhas para caminhadas monitoradas.
Copyright 2000-2024 Férias Brasil©