Principal porta de entrada para os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral (na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Cambará do Sul oferece as melhores opções de hospedagens, de serviços e de acessos. Nas duas reservas, as principais atrações são os grandiosos e surpreendentes cânions, cujas muralhas atingem 900 metros de altura e chegam a sete quilômetros de extensão. Para incrementar ainda mais a paisagem, uma infinidade de cachoeiras e rios, além de florestas de mata Atlântica repletas de araucárias, surgem por todos os lados.
O cartão-postal da região é o cânion de Itaimbezinho, em Aparados da Serra, com belos paredões de 720 metros de altura e seis quilômetros de extensão. O parque, com dez mil hectares, foi criado em 1958 com a intenção de proteger a formação. Por isso, apenas três trilhas são abertas a visitas - Vértice (1,5km) e Cotovelo (6km) na parte alta, e Rio do Boi (8km) na parte baixa (nessa última, o acompanhamento de guia é obrigatório e é preciso agendar o passeio por conta do limite do número de visitantes).
A mais fácil - e nem por isso menos interessante -, é a do Vértice. São 45 minutos de caminhada com direito a uma belíssima visão frontal da cascata das Andorinhas. Já a do Cotovelo exige duas horas e meia de trekking, passa pela cachoeira Véu da Noiva e termina com uma vista panorâmica do cânion do Itaimbezinho. Na parte baixa fica a trilha do rio do Boi, que dura até sete horas e avança pelo interior do cânion. Durante o trajeto há paradas para banhos de rio e de cachoeira.
Parque de Aparados da Serra abriga cartão-postal da região
Já o parque vizinho - o da Serra Geral - foi inaugurado em 1992, ampliando a área de conservação em mais 12 mil hectares. Por lá, o ponto alto é o cânion da Fortaleza, com 7,5 quilômetros de extensão, 900 metros de altura e 1,5 quilômetro de largura.
Para observá-lo, faça a trilha que leva à Pedra do Segredo, passando pela cachoeira do Tigre Preto, com 200 metros de queda. São seis quilômetros, vencidos em três horas. Também merecem destaques os cânions Malacara e Churriado, mas é preciso fôlego e acompanhamento de guia para percorrer o caminho de 25 quilômetros repleto de piscinas naturais. Também indicado para quem tem preparo são os 22 quilômetros de trilhas que ligam Serra Geral a Aparados da Serra, vencidos em oito horas.
As cavalgadas também são famosas na região e costumam acontecer no mês de julho. O inverno, aliás, é a melhor época para visitar a região, apesar das baixíssimas temperaturas. De maio a agosto, o risco de nevoeiro é menor, garantindo boa visibilidade nos mirantes. Para esquentar, experimente os comes e bebes típicos, como o vinho produzido pelos colonos italianos, o chimarrão, o churrasco no fogo de chão e o pinhão assado na chapa.