Não foi por acaso que Alter do Chão ganhou o apelido de Caribe Amazônico. As praias da vila, que só aparecem no período de vazante do rio Tapajós - entre os meses de agosto a dezembro - têm águas doces, quentes e em tons de azul-turquesa, além de emolduradas por areias branquinhas. Os barcos rústicos de madeira e as barracas cobertas de sapê conferem à paisagem a simplicidade típica do Norte do país.
Balneário surge quando as águas do rio Tapajós baixam
Em plena selva, Alter é uma aldeia de pescadores a 38 quilômetros de Santarém, a segunda maior cidade paraense, que se transforma em um concorrido balneário quando as águas do rio baixam e deixam o cenário paradisíaco à vista.
Um dos cartões-postais é a encantadora Ilha do Amor, uma das praias preferidas dos turistas. Pertinho do centro e acessível de canoa, tornou-se parada obrigatória dos cruzeiros que navegam pela bacia do rio Amazonas.
Durante o dia, o programa é relaxar e apreciar as delícias da culinária local, à base de peixes - experimente o bolinho de piracuí - e frutas da região, como o açaí. Ao entardecer, a dica é subir nos barcos dos nativos e atravessar o Tapajós em busca do melhor ângulo para apreciar o pôr do sol.
E se for mês de setembro, a noite segue no ritmo da Festa do Sairé, que mistura elementos religiosos e profanos. Colorido e alegre, o evento dura uma semana de pura música, dança, competição, ladainha e procissão.
Fora do período de seca, a chuva (dezembro a maio) toma conta da região e o rio ganha volume, encobrindo praias e quiosques. Elas vão baixando a partir de junho, e em agosto, as praias que fazem a fama de Alter do Chão começam a aparecer. Onde antes só havia água, surge uma ponta de areia branca com centenas de metros de extensão.