Congonhas

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A principal riqueza de Congonhas - a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos - nasceu da promessa de um imigrante português. Depois de anos trabalhando em minas de ouro, Feliciano Mendes ficou doente e jurou que se a recuperasse a saúde mandaria erguer um templo. Curado, o garimpeiro deu início às obras em 1757, mas morreu pouco tempo depois, sem saber que de sua iniciativa surgiria um dos maiores tesouros da arte barroca do país, reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1985.

Basílica de Matozinhos reúne obras dos mestres Aleijadinho e Athayde

O rico conjunto barroco é dividido em três partes, sendo que a principal atração está ao ar livre. Trata-se do adro, onde os doze profetas esculpidos em pedra-sabão por ninguém menos que Aleijadinho dão as boas-vindas. As estátuas foram trabalhadas entre 1800 e 1805 e a imagem de Daniel é considerada o auge do talento do artista.

Em um plano inclinado com calçamento de pedra ficam as Capelas dos Passos, dentro das quais há 64 imagens em cedro que retratam a Paixão de Cristo, muitas de autoria de Aleijadinho e pintadas por mestre Athayde. Observadas apenas pelo lado de fora, as seis capelas têm as janelas abertas o dia todo. Já a igreja exibe traçado inspirado nos santuários portugueses de Matosinhos e Braga e guarda em seu interior uma rica decoração rococó, com entalhes e relicários. Anexa fica a sala de ex-votos, transformada em museu, com quadros pintados pelos fiéis.

Para incrementar a visita à Congonhas, programe o passeio para a Semana Santa, quando encenações, procissões e novenas movimentam ruas e ladeiras. O auge dos festejos acontece na sexta-feira, quando 250 atores encenam, ao vivo, o Auto da Paixão Segundo Congonhas, seguido pela Procissão do Enterro. Aproveite o feriadão para saborear as delícias da culinária mineira nos restaurantes caseiros. Pratos típicos, como feijão tropeiro, tutu, frango caipira com quiabo, angu e canjiquinha são preparados com capricho nos fogões à lenha.
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