A histórica cidadezinha baiana é a porta de entrada para o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. De seu cais, emoldurado por casarões em estilo art nouveau e decorados com azulejos portugueses, partem os barcos que levam ao arquipélago, considerado um dos melhores pontos do mundo para a prática do mergulho. E não é para menos: em suas águas cristalinas, onde a visibilidade chega a 20 metros de profundidade, escondem-se milhares de espécies marinhas, além de naufrágios e uma diversidade de corais só observadas na região. É o caso dos chamados chapeirões - formações que remetem aos cogumelos e unem-se pelo topo, criando verdadeiros labirintos.
Baleias jubarte dão ar da graça entre os meses de julho e outubro
A cerca de 70 quilômetros da costa, o arquipélago é formado por cinco ilhas. O desembarque é permitido em apenas uma - Siriba, onde os ninhos dos atobás são as surpresas. A maioria dos passeios de barco que leva ao parque dura apenas um dia, porém, para a turma do mergulho de garrafa, a melhor opção é optar pelas embarcações que permitem pernoite. Assim, fica mais fácil praticar a atividade em diferentes pontos e ainda apreciar o céu de Abrolhos, normalmente apinhado de estrelas.
Quem não é adepto do mergulho profundo também se diverte usando apenas máscara e snorkel. Nas piscinas naturais ao redor das ilhas é possível nadar em meio a tartarugas, budiões, peixes-frade e muitas outras espécies. E, como se já não bastassem as belezas debaixo d'água, o arquipélago é o cenário escolhido pelas baleias jubarte para procriar e alimentar os filhotes. De julho a outubro, elas invadem a área e protagonizam um show de acrobacias, com direito a saltos e piruetas.
De volta à terra firme, circule pelas praias da cidade. As águas não são tão claras, mas a animação é garantida nas praias de Iemanjá e Grauçá, com bares e quiosques. Na Barra do Sul, o astral e a paisagem são diferentes - isolada e deserta, é contornada por coqueirais e mar esverdeado.