Fundada pelos imigrantes italianos em fins do século 19, Monte Alegre do Sul guarda muitas heranças de seus primeiros moradores. Uma delas é o casario, que remete às charmosas vilas européias. Outra - bastante conhecida - é a produção de vinhos, licores e cachaças.
Fazenda Salmo XXIII vende pinga envelhecida e bagaceira, um destilado feito do bagaço da uva
Nem só dos legados do passado, porém, vive a cidadezinha tranquila e escondida na Serra da Mantiqueira, a mais de mil metros de altitude, com ruas estreitas e pracinha. A natureza intocada é repleta de riozinhos, cachoeiras e paisagens que convidam à prática de esportes de aventura. No caminho para o distrito de Mostardas há belas quedas, além de trechos do rio Camanducaia perfeitos para a prática de rafting. A região é cenário ainda para atividades como cascading, rapel, arvorismo e tirolesa.
Também nos arredores estão os alambiques, instalados em propriedades familiares. Licores, cachaça e vinho artesanal são produzidos mantendo as tradições passadas de pai para filho. Na Fazenda Salmo XXIII, uma das mais antigas, há venda de pinga envelhecida em tonel de carvalho escocês, licor e bagaceira, um destilado feito do bagaço da uva. Já no pequeno e rústico Sítio Santo Antônio é produzida a cachaça Campanari, uma das mais antigas de Monte Alegre do Sul e vencedora de concursos nacionais.
O tour da cana leva ainda à Chácara Santo Antônio, onde o alambique Chora Menina ainda preserva máquinas de cobre, roda d'água e muitas histórias. No Cantinho da Ni, a cachaça é vendida pura ou misturada a mel, anis, jurubeba... Ou destilada com folha de mexerica (a cachaça azul). Bons produtos são encontrados ainda na Associação dos Produtores de Cachaça, no Centro.
Quem abusar nas degustações da purinha merece curar a ressaca no Balneário Municipal, um dos mais modernos do Circuito das Águas Paulista. Em estilo colonial, oferece saunas úmida e a vapor, duchas escocesa e circular e banheiras para banhos de imersão e de espuma.