Um dos mais importantes monumentos históricos brasileiros, as ruínas de São Miguel pertencem, na verdade, ao mundo. Tombadas pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, ficam quase na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina e foram heranças deixadas pelas missões jesuítas no século 17.
Catedral - ou o que restou dela - impressiona pelas arcadas de inspiração romana e colunas coríntias
Outras três missões em ruínas podem ser vistas na região, mas a de São Miguel é a mais bem preservada. Além disso, exibe todos os dias o belo espetáculo Som e Luz narrando a história do lugar. Depois que escurece, as ruínas viram palco para a emocionante apresentação, que dura quase uma hora.
Durante o dia, porém, a aventura é explorar as ruínas. Com uma monumental fachada de 30 metros de altura, a Catedral de São Miguel Arcanjo - ou o que restou dela - impressiona com suas arcadas de inspiração romana e colunas coríntias. A construção da igreja teve início em 1735 e contou com mais de cem operários guaranis. Da planta original, há vestígios do colégio, da casa dos padres e do cemitério. Na antiga sacristia é exibido um vídeo com a reconstituição computadorizada do antigo vilarejo.
Dentro do sítio arqueológico funciona o Museu das Missões. Projetado por Lúcio Costa, imita uma habitação indígena. Lá está o maior acervo brasileiro de esculturas de santos feitas pelos índios ou trazidas da Europa. Por falar em índios, eles normalmente são encontrados na porta do museu vendendo artesanato. Um pequeno grupo vive nos arredores, em casas de taquara, barro e teto de palha.
Próximas de São Miguel estão as ruínas de outras três missões: São Lourenço Mártir, São João Batista e São Nicolau, que, ao lado de São Borja, São Luís Gonzaga e Santo Ângelo, formam os chamados Sete Povos das Missões. Em Santo Ângelo, que tem agitada vida noturna, as atrações ficam por conta de uma bela catedral - réplica da construção de São Miguel - e de um museu histórico.