Rio das Flores

Porque Ir

A pacata cidadezinha do Vale do Paraíba guarda - tanto no Centro quanto nos arredores - uma infinidade de atrativos naturais e culturais. Os cartões-postais ficam por conta das antigas fazendas de café que, preservadas, abrigam pousadas ou oferecem visitas guiadas com direito a uma viagem no tempo. Atenção: os passeios devem ser agendados com antecdência.
Para fechar com chave de ouro, café com bolos e doces feitos no fogão a lenha da Fazenda Paraízo
É o caso da Fazenda do Paraízo, considerada a “Jóia do Vale”, construída entre 1845 e 1853. O casarão, com mais de 2.200 metros quadrados, possui 58 cômodos e 99 janelas. Lá dentro ainda estão preservados o mobiliário francês e brasileiro, além dos papéis de parede - todos originais. 

O tour guiado consiste em visitar a sede, onde é contada a história da fazenda, além de informações sobre os objetos decorativos. Para fechar com chave de ouro, um café com bolos e doces feitos no fogão a lenha são servidos!

Já a Fazenda União, funciona hoje como um hotel histórico de luxo. Por lá, as principais atrações são a plantação de café, o museu de peças raras do século XIX que pertenceram à imperatriz Leopoldina e a Dom João VI, a ambientação de senzala com exposição de esculturas realistas e as apresentações de jongo com grupo vindo do quilombo remanescente da região, o jongo de São José da Serrinha. A fazenda recebe visitas, mediante reservas, nas tardes de quinta-feira.

Para os fãs da cachaça, a dica a conhecer a Cachaçaria Werneck, onde é possível conhecer as instalações e acompanhar as etapas da produção da bebida. A visita ao local é gratuita, mas precisa ser agendada com pelo menos dois dias de antecedência. No final, é possível provar algumas das cachaças fabricadas lá.

Além das construções históricas, Rio das Flores abriga também diversas cachoeiras, trilhas e mirantes - o da Boa Vista está entre os mais concorridos por conta da vista panorâmica e do pôr do sol. No Centro, todos os caminhos levam à igreja Matriz de Santa Tereza D'Ávila, onde Santos Dumont e de sua irmã Sofia foram batizados. Apesar de inspirada no suntuoso estilo neogótico, a igreja tem interior bastante simples e aconchegante.

O passeio pela região deve incluir uma visita à vila de São José das Três Ilhas, a 35 quilômetros. O belo conjunto arquitetônico formado por uma igreja de pedra e dezenas de casarões do século 19 compensa a viagem por estrada de terra. No mês de julho, a festa do padroeiro movimenta o povoado com barraquinhas, quermesses e apresentações de corais e bandas da região.

No mesmo mês, as construções urbanas e rurais de Rio das Flores tornam-se palco para o Festival do Vale do Café. O evento tem intensa programação musical, com ritmos que vão do clássico ao samba, passando pelo chorinho e bossa-nova. Há apresentações também nas praças, igrejas e fazendas das cidades vizinhas, como Vassouras, Valença, Barra do Piraí e Mendes.
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