Cabedelo é uma cidade, mas parece um bairro de João Pessoa, de tão próximo que está da capital - apenas 28 quilômetros separam os dois destinos. O pequeno município, porém, tem personalidade própria e muitos encantos, a começar pela localização, entre o Oceano Atlântico e o Rio Paraíba.
Point dos surfistas, Intermares é também ponto de desova de tartarugas
A rica história - em função de seu porto estratégico - presenteou Cabedelo com monumentos e construções que ainda hoje estão de pé. Um dos cartões-postais é a fortaleza de Santa Catarina, transformada em centro cultural e turístico e com belíssima vista panorâmica.
Erguido em 1586, o forte sofreu ataques de invasores franceses e holandeses nos séculos 16 e 17 e chegou a ser tomada por Maurício de Nassau. As grandes muralhas guardam peças de artilharia e um pequeno museu onde chamam a atenção os mapas feitos de azulejos.
A região abriga ainda praias de águas quentes e transparentes, acompanhadas por coqueirais e com movimento tranquilo até mesmo no verão. Point dos surfistas, Intermares - também chamada de Mar dos Macacos - é ainda local de desova de tartarugas marinhas.
Já Camboinhas, frequentada pelos jovens que se espalham pelos bares e quiosques, é mais conhecida pela Ilha de Areia Vermelha - um banco de areia que se forma na maré baixa, a dois quilômetros da costa, onde a pedida é nadar entre peixes coloridos. Barcos partem de Camboinhas e da praia do Poço em direção ao aquário natural.
No fim do dia, todos os caminhos levam à praia fluvial do Jacaré, que fica lotada de turistas e moradores de Cabedelo, João Pessoa e arredores. Ali, o pôr do sol acontece ao som do Bolero de Ravel. É bom chegar bem antes das 17h para conseguir uma boa mesa nos concorridos deques dos bares instalados na área. E acompanhar de perto a emocionante despedida do astro-rei em sintonia com o saxofone do músico Jurandy, devidamente instalado a bordo de um barquinho.