A segunda aldeia visitada do roteiro fica a 33 km do Centro e tem um dos caciques mais respeitados e tradicionais do povo Paresi: Narcizo Kazaizase. Com cerca de cem moradores, a aldeia é formada por muitos descendentes de Narciso – filhas, netos e bisnetos. Por lá, algumas tradições estão bem preservadas como o uso da língua nativa (o aruák). Porém, em meio às “hati” (casas), observa-se construções em alvenaria. 

O ponto alto do passeio, além das conversas com os índios de todas as idades e as apresentações de dança e atividades esportivas, é a visita às cachoeiras que dão nome à aldeia. A trilha curta leva a mirantes onde é possível apreciar a força das quatro quedas paralelas. Enquanto os visitantes contemplam e tiram fotos, índios adolescentes mergulham do alto das pedras e enfrentam as corredeiras para chegar a um remanso, ressaltando a forte ligação dos Paresi com a água. 

Seguindo a trilha, chega-se a um trecho onde é possível tomar um refrescante banho no rio Sacre em companhia dos indiozinhos. Nesse ponto, uma árvore foi batizada de “Pé de Menino”: por ficar na beirinha da água, virou um “trampolim”, onde as crianças sobem e mergulham nas águas verdes e cristalinas.