O caminho de acesso à cidade já funcina como um mostruário do que aguarda o visitante: rebanhos de gado, revoadas de araras-azuis, vegetação típica do cerrado...
Mas uma vez no Centro de Miranda, o destaque fica por conta da preservada arquitetura do início do século 20. Nos arredores, vale curtir as variadas opções de hospedagens, cada vez mais preparadas para o ecoturismo.
Fazendas oferecem cavalgadas, safáris fotográficos e focagem de jacarés
Muitos hotéis e pousadas funcionam em fazendas confortáveis e oferecem atividades para observar os animais pantaneiros. Entre elas estão cavalgadas, trilhas, safáris fotográficos e focagem noturna de jacarés.
Uma das propriedades é a Fazenda San Francisco Agro Ecoturismo, que oferece Safari Ecológico, promovendo a observação da fauna e flora do local. A estrela é o Tuiuiú, também chamado de Jaburu, uma das maiores aves da América do Sul e símbolo do Pantanal. Após o safári, um belo almoço pantaneiro. Um tempinho para descanso antes do Passeio de Chalana, com direito à pescaria de piranhas.
Antes de embarcar, fique atento às peculiaridades de cada estação - a das cheias, por exemplo, vai de dezembro a março e é marcada pelas chuvas intensas, que alagam parte do
Pantanal.
O período apresenta temperaturas ainda mais altas e é ideal para se observar as aves. Os mamíferos são mais raros nessa época, pois fogem das águas e se escondem nas partes mais altas, as chamadas cordilheiras.
Já entre julho e setembro, a seca transforma a região em uma área de pastagens imensas. É o período ideal para se conferir as características dos mamíferos. Sem falar que em agosto, pouco antes do início da primavera, as árvores começam a florescer.
O período intermediário entre a cheia e a vazante - de abril a maio - é marcado pela formação de lagoas e poças de água que represam algumas das 260 espécies de peixes (dourados, pintados, pacus, piranhas, traíras), proporcionando o aparecimento de seus predadores, como aves e jacarés.