Planejada e arborizada, a capital do Mato Grosso do Sul é um mix de culturas. Das tribos indígenas da região chega o belo artesanato, repleto de
peças de cerâmica e de madeira, além das
coloridas tapeçarias. Já do país vizinho, o Paraguai, a influência é gastronômica e apresenta a chipa - uma espécie de pão de queijo de massa compacta - e a sopa paraguaia, que na verdade é uma torta salgada. Para acompanhar, muito tereré, um tipo de mate gelado. Também incrementam a cozinha regional os pratos japoneses, herança dos imigrantes que vieram do outro lado do mundo no início do século 20. O destaque é o sobá, um macarrão artesanal incrementado com omelete e carne de porco.
Memorial dos Povos Indígenas abriga comunidade da tribo terena
As iguarias orientais são encontradas na
Feira Central, próxima à Estação Ferroviária e repleta de quiosques que vendem também frutas, verduras, artesanato e importados do Paraguai. O espaço funciona somente às quartas e nos finais de semana, das cinco da tarde às duas da manhã, com movimento intenso nas barraquinhas de comes e bebes.
Já as receitas paraguaias são servidas no
Mercado Municipal, que abre aos domingos. Pratos exóticos e típicos do Pantanal também são encontrados em Campo Grande. Nos restaurantes regionais, os cardápios trazem moqueca de jacaré, pintado com banana-da-terra e urucum, caldo de piranha...
A mesa variada, porém, não é o único atrativo da capital sul-mato-grossense. Para queimar as calorias, siga para o Parque das Nações Indígenas, ponto de encontro dos moradores da cidade que lá apreciam o pôr do sol. A área abriga pistas de cooper e de skate, gramados, quadras, lago, palco, teatro de arena e restaurante, além de exposições no
Museu de Arte Contemporânea. Imperdível também é visitar o Memorial dos Povos Indígenas, onde há uma comunidade de índios terena e venda de artesanato. O espaço é um dos atrativos do
City tour, um passeio realizado em ônibus de dois andares com acompanhamento de guia. O programa dura pouco mais de duas horas e passa por mais de 40 pontos turísticos entre praças, ruas e prédios históricos.
A novidade da capital é a volta do
Trem do Pantanal que, depois de 18 anos parado, volta a fazer uma das mais bonitas viagens do país. As composições partem de Campo Grande aos sábados rumo à cidade de Miranda. Das janelas, avista-se paisagens típicas - cerrado, rebanhos de gado, araras-azuis... A viagem de volta acontece aos domingos. O trajeto tem 220 quilômetros e faz parada em Aquidauana.