Conhecida como "a cidade que parou no tempo", Alcântara guarda um conjunto de mais de 300 construções coloniais - muitas em ruínas, como a Matriz de São Matias, cartão-postal da cidadezinha. Sobrados, igrejas e palácios são heranças do período de ouro da vila que, no século 18, teve seu apogeu com as lavouras de cana-de-açúcar e de algodão. Algumas antigas residências que pertenceram aos barões ainda exibem marcas da ostentação, como sacadas de ferro, mirantes e azulejos trazidos de Portugal.
Praça da Matriz abriga, lado a lado, construções suntuosas e muitas ruínas
A melhor maneira de chegar à cidade é pelo mar - vindo de São Luís, a viagem dura pouco mais de uma hora. Do porto, todos os caminhos levam à ladeira do Jacaré, calçada em pedras coloniais - aproveite a subida para apreciar a paisagem formada por telhados e pela Ilha do Livramento, com praia deserta e acessível por barco.
Uma vez na parte alta de Alcântara, o primeiro contato é com a Praça da Matriz, uma síntese do apogeu e do declínio da região. Os arredores do largo abrigam ainda a suntuosa igreja do Carmo, com altar em estilo barroco; e o casario simples onde as delícias típicas - o doce de espécie - são vendidas nas janelas.
Alcântara preservou também as ricas manifestações culturais maranhenses. As celebrações agitam os meses de maio e agosto, quando acontecem as festas do Divino e do Tambor-de-Crioula, embalando turistas e nativos por becos, ruas e vielas.