Goiânia

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Centenas de flores espalham cores e perfumes pela cidade. Bosques, praças e jardins preenchem espaços entre grandes avenidas e pequenas ruas, fazendo com que Goiânia esteja no ranking das melhores cidades brasileiras em qualidade de vida.

A capital de Goiás é moderna. Talvez por isso, a agitação cultural seja tão intensa. Cinemas, galerias de arte, bosques, universidades, parques e museus fazem parte de um cotidiano dinâmico, que logo influencia o dia a dia dos visitantes. 

Quem passa por aqui não deixa de conhecer o Monumento às Três Raças, símbolo da cidade, na Praça Doutor Pedro Ludovico Teixeira, no Centro. Ao projetá-la, em 1968, a artista plástica Neusa Moraes simbolizou a miscigenação das três raças: o branco, negro e índio, presentes no sangue do povo goiano.

Museu de Arte Contemporânea reúne pinturas, esculturas, gravuras, desenhos e reproduções

Preocupado com a pacificação mundial, o artista plástico Siron Franco, contribuiu com a criação do Monumento à Paz, no Bosque dos Buritis. A obra, uma ampulheta de cinco metros de altura e quinhentas toneladas, abriga terras de vários países. Nas margens de um belo lago do bosque, a escultura representa a possibilidade da união entre todos os povos.

Já a fatia religiosa da cidade também de transformou em um movimentado ponto turístico. Os Painéis da Via Sacra, na Rodovia dos Romeiros, impressiona pela grandiosidade. São 16 quilômetros de extensão, como se fosse uma gigantesca galeria de arte a céu aberto, a maior do mundo. São 14 painéis de dez metros de largura por quatro de altura do artista plástico Omar Souto, que retratam os principais momentos da paixão de Cristo. Omar passou 105 dias no local para conseguir pintar todos os painéis.

Ainda nas artes, Goiânia continua impressionando. O Museu de Arte Contemporânea, o MAC, possui um acervo de 500 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, objetos e reproduções. No mesmo local está a Escola de Artes Visuais e o Balé do Estado, outras manifestações explícitas da movimentada cultura goianense.
   
Outro museu chama a atenção pela arquitetura: o Museu Estadual Professor Zoroastro Artiaga, com fachada art-déco, fundado em 1946. O acervo conta com documentos históricos, artefatos indígenas, utensílios antiquíssimos, arte sacra e popular, objetos da época da Revolução Industrial, minerais, rochas, diversas peças artísticas e uma seção especializada em folclore.

Depois de um banho de cultura, que tal um banho de loja? Goiânia tem gigantescos shoppings centers para todos os gostos, como o Flamboyant, o Goiânia Shopping, o Shopping Boungainville e o Buriti Shopping. Mas se você prefere fazer compras ao ar livre para aproveitar o cenário bucólico, as feiras são imperdíveis. Para comprar roupas, produtos místicos, artesanatos, doces, tortas, pratos típicos e salgados, conheça a Feira da Lua, que funciona aos sábados na Praça Tamandaré, no Setor Oeste. São centenas de expositores que combinam as cores das lonas das barracas com os produtos que vendem. Aqui é o reduto dos jovens que gastam e se divertem até tarde.

Em Goiânia, o passeio tradicional de domingo é pela Feira Hippie, instalada em um ponto histórico da cidade, a antiga estação ferroviária, com vista para a Maria Fumaça. Saboreando um caldo de cana, você compra objetos artesanais, calçados, comidas típicas e produtos importados espalhados pelas milhares de barraquinhas. Outra feira bastante conhecida na cidade é a Cora Coralina, nome em homenagem a uma das mais talentosas poetisas e doceiras do Estado. A feira, como não podia deixar de ser, é especializada em guloseimas e fica na tradicional Rua do Lazer.

Para curtir o ar puro, são centenas de praças limpas e floridas e o Bosque dos Buritis é considerado o patrimônio paisagístico da cidade. Debruçado no Setor Oeste de Goiânia, o bosque abriga três lagos artificiais. Em um deles está o maior jato d'água da América do Sul. Outro parque de destaque é o Parque Ecológico de Goiânia, também chamado de Ulisses Guimarães. A área é uma reserva florestal que esconde a cachoeira dos macacos, um teatro de arena e um sítio arqueológico da tribo dos índios caiapós, que possui cerca de 1500 anos.

Além do aroma das flores, Goiânia segura o visitante pelo cheirinho que sai da panela. A cozinha típica da região é de origem indígena com a mescla das influências da culinária mineira e paulista. Essa mistura tem um tempero inesquecível. Peixe assado na telha, galinhada, carne de sol com legumes, pernil assado com farofa na manteiga, leitão pururuca, frango com pequi, empadão goiano (leva frango, carne de porco, guariroba, linguiça e queijo). Pamonha, curau, doces de cascas de frutas, frutas cristalizadas, biscoito de queijo e muito mais. As delícias podem ser saboreadas nas feiras espalhadas pela cidade e também nos muitos restaurantes típicos.

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