Milhares de fiéis visitam Juazeiro do Norte ao longo do ano, seja para pagar promessas ou apenas rezar pela memória de Padre Cícero, o maior mito da religiosidade nordestina. O movimento é grande nos dias 24 de março e 20 de julho, datas de nascimento e morte do religioso; e também no mês de setembro, quando acontece a Festa de Nossa Senhora das Dores. Nenhum evento, porém, supera o Dia do Romeiro, comemorado em primeiro de novembro com missas, procissões e "aceno de chapéus de palha", uma recriação coletiva do gesto com que o padre saudava o povo.
Centro de Cultura Mestre Noza tem esculturas sacras de madeira e de barro
O cartão-postal da cidade é a estátua de "Padim Ciço", com 25 metros de altura. Instalada na Colina do Horto, oferece vista panorâmica e abriga uma capela e um museu onde estão expostos objetos pessoais, pinturas e fotos do religioso. O roteiro dos peregrinos inclui ainda o santuário do Coração de Jesus, a matriz de Nossa Senhora das Dores e a capela do Perpétuo Socorro, onde o padre está enterrado.
Para divertir os pequenos, estique o passeio até o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, a 18 quilômetros. O sítio arqueológico está entre os mais importantes do país, reunindo mais de sete mil fósseis de peixes, insetos, répteis, anfíbios e vegetais. Já o Arajara Park, em Barbalha (28 km), oferece piscinas, toboáguas e corredeiras.
Na hora das compras, visite o Centro de Cultura Popular Mestre Noza, com esculturas de madeira e de barro. Para adquirir peças religiosas - imagens do Padre Cícero, santos em gesso e pó de pedra, terços e medalhas - siga para as lojinhas próximas às igrejas e aos santuários.
A culinária também faz a fama de Juazeiro, que tem o baião-de-dois com pequi como carro-chefe. Também enchem os olhos o queijo da terra, a carne de sol com macaxeira e o mugunzá salgado, feito com milho, feijão, charque e mocotó de boi.