Ilha do Cabo Frio (RJ)

Faróis de Arraial do Cabo são abertos para visitação
03 de Janeiro de 2017

Duas belíssimas caminhadas levam ao Farol Velho e ao Farol Novo, na Ilha do Cabo Frio, em Arraial do Cabo (RJ). Desconhecidos de grande parte da população, os faróis descortinam vistas fantásticas da região. Em 2016, as trilhas que chegam até eles foram abertas ao público.

No alto dos 395 metros da ilha fica o Farol Velho, erguido em 1836 e hoje desativado. O caminho até ele dura aproximadamente duas horas e apresenta suas ruínas e a casa do faroleiro, além de um visual de 360 graus do mar azul-turquesa de Arraial, de suas praias e de outras cidades da Região dos Lagos. 

Há também caminhadas rumo ao Farol Novo, ainda na ativa, localizado em um ponto mais baixo da ilha, em cima de um antigo vulcão. O acesso é mais fácil: o caminho é largo, dura cerca de 40 minutos e a intensidade é de leve à moderada. 

Essa foi a primeira vez que a Marinha, responsável por guardar o local, abriu as visitas guiadas ao público. Antes, para chegar até os faróis, era preciso autorização dos militares. A população civil pouco tinha acesso, ficando restrita aos passeios de barcos que levam até à praia da ilha — que nada deixa a desejar, já que as areias brancas e o mar de cor caribenha são atrativos que encantam qualquer um.

A trilha para o Farol Velho é longa e íngreme. São três quilômetros, ou quase duas horas de subida até os 71 degraus que levam às ruínas, e depois mais 15 até o topo da construção de dez metros de altura. O visual, no entanto, compensa todo o esforço. O ponto de partida é em Maramutá, uma enseada da ilha que abriga um antigo quartel. A maior parte do caminho é pela mata fechada. 

O primeiro grande atrativo da caminhada é a cacimba, localizada nos últimos 30 minutos de trilha e cuja função era abastecer com a água acumulada da chuva o grupo do destacamento, via aqueduto, e o faroleiro. Alguns metros acima, as ruínas da casa do faroleiro chamam a atenção. Nas paredes, é possível ver pequenas conchas e rochas, material trazido da base da ilha pelos escravos. Já o barro e os tijolos foram feitos ali mesmo, assim como as telhas de diferentes tamanhos.

A dez minutos da casa, encontra-se o farol. Uma pequena escada, mantida em sua forma original, dá acesso ao topo da construção de dez metros feita com mármore português e rochas oriundas do Rio de Janeiro. Lá em cima, nada além da vista maravilhosa. 

Já o Farol Novo, erguido em 1861, funciona até hoje, a 155 metros acima do nível do mar, numa formação vulcânica. O caminho de 40 minutos tem início na base da Marinha, no canto direito da Ilha do Cabo Frio. O passeio, feito em mata aberta e com vista para vários pontos da costa, leva até o quartel, onde vivem o faroleiro e outros três militares. No topo da torre, as espessas lentes de vidro são originais do antigo farol. São 16 metros ou 86 degraus até lá.

Na volta das trilhas, seja do Farol Novo ou do Velho, a praia de águas azul-turquesa é convidativa para um mergulho, encerrando o passeio em grande estilo!

Desde agosto de 2016, as caminhadas têm acontecido duas vezes por semana (sexta e sábado) e cada um contempla um farol (não há passeios aos dois faróis no mesmo dia). A agenda é divulgada no site do IEAPM. Os grupos são de, no máximo, 20 pessoas (mínimo de cinco). O agendamento pode ser feito por email (ilha@ieapm.mar.mil.br).

A concentração acontece às 8h, no Museu Oceanográfico (Praça Daniel Barreto s/n, Praia do Anjos) e os ingressos são vendidos somente na hora (em janeiro/17, o custo é  de R$ 80 – inteira, incluindo transporte marítimo). Estudantes, maiores de 60 anos com atestado médico, militares do Exército Brasileiro, Força Aérea do Brasil, forças auxiliares e dependentes pagam meia 40. Militares e servidores civis da Marinha do Brasil, e seus dependentes não pagam. 

Fotos
IEAPM
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